segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

[OFF] Feliz Natal, hohoho!!

Feliz Natal a todos os colegas Investidores, boas festas e um ótimo 2013!!!

Esse período de dezembro geralmente é um pouco tumultuado e fica difícil manter a dedicação e atenção ao blog, mas voltaremos em janeiro após as ressacas de dezembro!




É isso aí abraço a todos e good vibrations!!!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

As 15 perguntas de Philip Fischer.

Olá colegas Investidores!

Neste post o Ipê Investidor traz alguns rudimentos da metodologia de investimento do investidor Philip Fisher, autor do livro "Common Stocks, Uncommon Profits" traduzido para o português com o título de Ações Comuns, Lucros Extraordinários (acredito que a tradução mais precisa seria Ações Ordinárias, Lucros Extraordinários, porém provavelmente 70% do público brasileiro associaria a palavra ordinárias a algo negativo),
Warren Buffett costumava dizer que sua filosofia de investimento era 85% Graham e 15% Fisher, Se o velhinho diz isso quem sou eu pra dizer o contrário! Uma passagem pitoresca sobre os dois é o fato de que o P. Fisher sempre chamava o W. Buffett pelo nome do seu pai Howard Buffett, esse fato é confirmado na biografia de Buffett que dizia não se importar com isso, aliás, Buffett deixa claro a grande estima que tinha por P. Fisher
O livro é tiro curto, trazendo uma abordagem da Análise Fundamentalista sob uma perspectiva mais holística, focando nas perspectivas do negócio e suas estratégias de crescimento sustentável e deixando os números do balanço em segundo plano. Acredito que o livro traz boas sacadas sobre o mundo dos negócios, se valendo da  vasta experiência que o autor acumulou atuando a vida inteira como gestor no mercado de capitais. É também uma boa alternativa para olhar a AF de forma diferente, principalmente quando estamos muito mergulhados nos livros de contabilidade, calculando cada centavo do balanço da empresa e quem sabe deixando de focar aspectos importantes que os números tem menos condições de responder. 
As 15 perguntas fazem parte do que autor chama de método Scuttle Buttin' e para cada pergunta o autor faz um comentário detalhado sobre o que ele quer saber com aquela pergunta, permeando a narrativa com exemplos pontuais que o autor vivenciou ao longo da carreira.

Seguem as 15 perguntas:

1) A empresa possui produtos ou serviços com potencial de mercado suficiente para viabilizar um aumento considerável nas vendas por diversos anos?


2) A administração está determinada a continuar a desenvolver produtos ou processos que aumentariam ainda mais o potencial do total de vendas caso o potencial de crescimento das linhas de produção mais atraentes do momento já tenham sido explorados exaustivamente?

3) Quais são os efetivos esforços da empresa em P&D em relação ao seu porte?

4) A empresa possui uma organização em vendas acima da média?

5) A empresa possui uma margem de lucro considerável?

6) O que a empresa faz para manter ou melhorar as margens de lucro?

7) A empresa possui boas relações trabalhistas com o quadro de pessoal?

8) E empresa conta com boas relações com seus executivos?

9) A empresa conta com certa profundidade em relação à sua gestão?

10) Quão boa é a auto-análise da empresa e o seu controle contábil?

11) Há outros aspectos da empresa, peculiares ao segmento de atuação envolvido, que possam dar ao investidor 
dicas importantes sobre como a empresa pode sobressair com relação à competitividade?

12) A empresa possui uma estratégia de curto ou de longo prazo em relação aos lucros e resultados?

13) Será que num futuro previsível, o crescimento da empresa exigirá uma parcela maior para investimentos 
sobre os resumos financeiros positivos, a ponto de diminuir a distribuição de dividendos provenientes desse crescimento antecipado?

14) A empresa fala abertamente com os investidores sobre os seus negócios quando as coisas vão bem, mas “se fecha” em situações conturbadas e diante de decepções?

15) A empresa conta com uma diretoria de integridade inquestionável?

As perguntas já deixam claro a preferência do autor por investir em empresas que tem perspectivas de crescimento em valor e com excelentes administrações, não se importando muito com dividendos. Não entendo ser possível para o Investidor pessoa física (quem sabe nem pros tubas e nem pros próprios gestores das empresas) responder essas questões com cem por cento de precisão. Além disso, temos que ter em mente que o Sr. Fisher era um gestor que conforme informações do livro, tinha o hábito de pesquisar sobre as empresas e setores diretamente com as pessoas envolvidas, sejam gestores ou empregados. Isso é um privilégio de quem trabalha em tempo integral com investimentos, o que não é o caso do Ipê Investidor, que diga-se de passagem sequer pode dizer que trabalha com investimentos.
Particularmente eu gosto de pensar sobre os conceitos intrínsecos às 15 perguntas em relação aos investimentos do portfólio do Ipê Investidor. Também penso nesses conceitos em relação às empresas que possam compor o portfólio no futuro.

As perguntas número 1, 9 e 12 também podem auxiliar objetivamente na busca por empresas que não deixem os Investidores no mato-sem-cachorro por eventos do tipo:

1 - Venda caiu, lucro fugiu!


9 - Apertem os cintos, o gestor sumiu!



12 - LUCRÃÃÃOOO!!! lucrinho... lucrinho... lucrinho... lucrinho...  lucrinho... lucrinho... lucrinho...



O Sr. Philip Fisher faleceu em 2004 aos 97 anos. Homenageando postumamente posto o vídeo homônimo ao método, do mestre Stevie Ray Vaughan... Scuttle Buttin`!!




É isso aí, good vibrations!!

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

A carteira do Ipê Investidor pt. II!

Olá colegas Investidores, na postagem anterior sobre o portfólio do Ipê-amarelo Fund o colega Investidor e autor do blog Ganhando Muito fez uma oportuna sugestão. O colega sugeriu que o Ipê Investidor utilizasse a "Planilha de Rendimentos - Sistema de Cotas", idealizada e gentilmente disponibilizada pelo criador do blog Além da Poupança, com a intenção de padronizar a métrica utilizada para aferir os rendimentos do portfólio.

Atenderei aqui a sugestão, então vamos ao resultado:


Os resultados foram iguais aos da tabela montada para o Ipê-amarelo Fund, basicamente por ser a mesma teoria, porém aplicada sob enfoques diferentes. A tabela aqui apresentada é bastante focada na rentabilidade do Patrimônio, e a montada por mim tem uma parte de registro da movimentação e acompanhamento de ativos e outra que calcula a rentabilidade, talvez na montagem dela eu tenha me perdido no meio daquele monte de fórmulas e deixado de focar em coisas mais importantes.
O desempenho Histórico de 17,54% na minha tabela é obtido com um cálculo que eu considerava de certa forma secundário, eu obtive este número calculando a porcentagem do Patrimônio Total em relação ao somatório dos aportes. Pensando sobre o assunto também lembrei que existe um descasamento de posições na minha tabela, oriundo da necessidade de estabelecer uma fórmula que automatizasse a compra das cotas, ou seja, o valor de aquisição da cota para o cotista em dezembro é o valor de fechamento de novembro e assim por diante, senão teria que marcar o valor da cota do dia quando realizasse os aportes (teoricamente quando faço o aporte compro a cota, porém pensando em um esquema de investimento mensal e também no longo prazo, não me importei em ter um registro de compra da cota com uma exatidão tão grande em relação à data e valor. 
Por incrível que pareça a minha tabela apresenta o mesmo valor das cotas e o mesmo número de cotas na aba performance, nem eu sei como isso acontece, uma hora eu faço essa matemática reversa e descubro qual a razão disto!
Passarei a divulgar a rentabilidade mensal adicionando esta planilha nas postagens e obrigado pela sugestão colega do blog Ganhando Muito!!

É isso aí, good vibrations!


domingo, 2 de dezembro de 2012

A Carteira do Ipê Investidor.

Olá colegas investidores!

Chegou o fechamento do mês de novembro, e a partir de hoje pretendo começar a divulgar o balanço mensal da carteira do Ipê Investidor. Como esse é o primeiro balanço publicado da carteira, farei um breve cometário sobre a evolução do portfólio até aqui, para nos meses subsequentes somente realizar a sua atualização.



O Ipê Investidor adota o sistema de cotas como um fundo de investimentos. A intenção ao proceder assim é medir a rentabilidade do Patrimônio descontando os aportes. Os proventos em dinheiro são automaticamente reinvestidos no portfólio, porém não necessariamente no mesmo ativo pagador. Geralmente os proventos são adicionados ao aporte mensal e mensalmente faz-se a aquisição de algum dos ativos que o vegetal aqui julgue estar com um preço razoável, considerando sempre o longo prazo e a obtenção da menor taxa possível na transação.
Vamos aos fatos! A carteira de investimentos do Ipê Investidor começou a ser formada em fevereiro de 2011 com o primeiro aporte e a compra de 1200 cotas do Ipê-amarelo Fund® ao preço de R$1,00.  O investimento inicial foi em algumas ações da empresa Forjas Taurus (FJTA4), na época o Tabebuia acreditava que a Taurus era uma boa empresa, mas na sua inexperiência e na falha do Ipê ao não fazer parte da lição de casa, o vegetal ignorou uma penosa reestruturação acionária que estava na iminência de acontecer. O que fez a cotação da empresa despencar de $4,20 para $1,40 em dezembro de 2011, deixando este Tabebuia um tanto apreensivo logo no seu primeiro ano de investimento em RV.



 Ao longo do ano de 2011 o Ipê Investidor ainda abriu posições em Ambev (AMBV3), Eletropaulo (ELPL4) e Vale (VALE5) até o fim de 2011. Terminando então seu primeiro ano de investimentos com uma rentabilidade levemente positiva, com o valor da cota em $1,0126 uma variação positiva no valor da cota de 1,26%, uma performance satisfatória considerando os  retornos negativos de -18,11% do Ibovespa, ou -8,11% do MSCI World Index.
Durante o ano de 2012 o Ipê-amarelo Fund se dedicou a aumentar seu Patrimônio Líquido via aportes e reinvestimentos e também aumentar a diversificação do portfólio, adicionando  as seguintes empresas: Banco do Brasil (BBAS3), Cielo (CIEL3) e no fechamento deste mês o Ipê-amarelo Fund® virou acionista da excelente Ultrapar (UGPA3). Vendi minha participação em Ambev, isto configurava-se parte de uma estratégia de trocar a participação em ações preferenciais por ações ordinárias da empresa (definitivamente o Tabebuia não gosta de vender suas empresas), porém avaliei que uma oportunidade interessante tinha sido aberta na Cielo e sempre quis ter essa empresa no portfólio, Ambev fica pra depois mas ainda permanece MUITO na mira do Ipê-amarelo.

Finalmente após este pequeno histórico, segue o balanço do Ipê-amarelo Fund em novembro de 2012:




A tabela azul mostra as empresas que compõem o portfólio do Ipê Investidor, os preços atuais são os preços de fechamento do dia 30/11/2012, "Preço com" é o preço médio de aquisição das ações mais taxas, "Preço ∆" é o preço médio com os proventos descontados. Existe alguma polêmica a respeito do que eu chamo aqui de Preço ∆, e eu confesso que não tenho uma opinião totalmente formada sobre o assunto, pelo sim pelo não, divulgarei a evolução desses números.
O Ipê-amarelo Fund encontra-se investido atualmente em 6 empresas dos seguintes setores: Indústria/Proteção, Utilidade/Energia Elétrica, Utilidade/Abastecimento, Financeiro e Mineração. Apesar de apresentar uma evolução anual satisfatória no valor das cotas, o Ipê Investidor não espera moleza pras suas empresas num futuro próximo, afinal dos 5 setores aqui classificados, pelo menos 3 deles tem sofrido intervenções governamentais nada amistosas e desvalorizações expressivas nos próximos meses poderão vir.

Abaixo a distribuição do portfólio:


Apesar de ter empresas na carteira com desvalorizações expressivas, como a famigerada Eletropaulo, a valorização anual das cotas do Ipê-amarelo Fund fechou novembro em 24,79% positivo, encerrando o mês com a cota valendo $1,2644, sobretudo impulsionado pela valorização da Forjas Taurus e Ambev,  no último mês a Cielo puxou a fila. (Ken Fisher em seu livro "Para o bom investidor, 3 perguntas bastam." aborda esta questão de olhar o portfólio como um todo e não dar tanta ênfase na valorização individual dos ativos, de modo a evitar um giro muito frenético dos ativos e um custo excessivo pra carteira - grifo meu: em Eletropaulo nessas alturas é se apegar nisso, rezar, chorar ou passar fogo no ativo de vez!).
Abaixo a evolução no valor das cotas:












O retorno composto efetivo anual encontra-se em 13,62%, um retorno satisfatório, descontado da inflação atual seria um rendimento anual de 8,25% acima do IPCA, nada mal, porém esse retorno não significa muita coisa (pra não dizer que significa quase nada!) afinal o período de amostragem é muito pequeno.
Uma consideração final, pelo filtro do Ipê Investidor, Vale e Forjas Taurus estariam fora da carteira hoje, porém na época que o Ipê-amarelo fez a aquisição dos papéis o filtro não tinha sido idealizado pelo Ipê Investidor.
Comentem, critiquem, achincalhem, estamos aí pra isso mesmo é no exercício do contraditório que crescemos como investidores!!

É isso aí, good vibrations!



Tudo o que foi escrito aqui não se configura de forma nenhuma em recomendação para investimentos, se o leitor não se sentir preparado para investir por conta própria é interessante procurar um profissional certificado e de confiança e continuar os estudos, afinal se parou pra ler até aqui é sinal que deve estar se preparando.